Cultural
Queijo Minas Artesanal pode se tornar Patrimônio Cultural da Humanidade nesta quarta-feira
Minas Gerais está prestes a alcançar um marco histórico no cenário internacional. O tradicional Queijo Minas Artesanal, símbolo da rica cultura alimentar mineira, pode ser reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. A decisão será anunciada nesta quarta-feira (4), durante a 19ª sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em Assunção, Paraguai.
A candidatura destaca as práticas de produção, a história e a importância cultural do queijo, além de sua conexão com o solo, a paisagem e o clima de Minas Gerais. O reconhecimento é resultado de esforços conjuntos da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG), do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), da Emater e da Epamig.
O Queijo Minas Artesanal
Produzido a partir de leite de vaca cru, o Queijo Minas Artesanal segue métodos tradicionais em pequenas propriedades. O processo utiliza o “pingo” (fermento natural), coalho, salga a seco e maturação, resultando em um produto de casca amarelada e sabor inconfundível.
Minas Gerais possui dez regiões produtoras reconhecidas: Canastra, Serro, Serra do Salitre, Araxá, Triângulo, Cerrado, Campo das Vertentes, Diamantina, Serras de Ibitipoca e Entre Serras de Piedade ao Caraça. Atualmente, mais de 3,1 mil agroindústrias estão envolvidas na produção.
Reconhecimentos anteriores
O modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro foi o primeiro a ser registrado como patrimônio imaterial pelo Estado, em 2002. Em 2008, o Iphan ampliou o reconhecimento nacional, incluindo as regiões da Canastra e do Salitre. Em 2021, a revalidação pelo órgão federal estendeu o título às demais regiões produtoras.
Se confirmado, o título internacional da Unesco será inédito para o Brasil na área de cultura alimentar e reforçará a posição de Minas Gerais como referência mundial na produção de queijos artesanais.